‘Nada existe’ marca estreia de Toinho Castro na Flip 2025 com olhar poético sobre o Recife

‘Nada existe’ traduz saudade e liberdade no novo livro de Toinho Castro, que será lançado na Flip 2025

Autor nordestino radicado no Rio apresenta obra poética e fragmentada com sessão de autógrafos marcada para 1º de agosto

Com uma escrita que atravessa memórias, afetos e o tempo, o multiartista Toinho Castro lança “Nada existe” pela editora Mamakoosa. O livro será apresentado ao público durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2025, com sessão de autógrafos marcada para o dia 1º de agosto, às 13h, no estande da com.tato, na Casa Escreva, Garota.

Fragmentos do Recife e da vida

Escrito ao longo de sete anos, “Nada existe” não obedece a uma estrutura tradicional. O autor optou por um texto livre, nascido de impulsos criativos e carregado de imagens e versos que evocam o Recife da sua infância. “É um livro livre, meio selvagem”, define. “Quis que ele tivesse a marca das fagulhas que me fizeram escrevê-lo.”

Prosa entre o pessoal e o universal

A obra é atravessada pelos temas da memória, da amizade e do sonho, e flui entre cidades como Natal, Recife e Rio de Janeiro. Segundo Toinho, o distanciamento geográfico alimentou uma nostalgia que encontrou na escrita seu canal mais natural. “Não penso em mensagens. Penso no texto e no que ele pode suscitar em cada um. Um livro é uma porta que abre algo diferente para quem lê”, afirma.

Escrita como experiência sensorial

Sem métodos rígidos, Toinho vê a escrita como um exercício espontâneo, que nasce da leitura e da escuta interior. “Escrevo porque leio. E escrevo quando a palavra me visita”, diz. O novo livro dialoga com seu trabalho anterior, Imbiribeira (2021), numa continuidade afetiva. “Penso que ando escrevendo um único livro”, observa. “‘Nada existe’ nasce da mesma fonte, dessa busca por capturar o que já não existe mais, exceto na literatura.”

Além dos gêneros e das formas

Influenciado por nomes como Borges, Maria José Dupré e Ariano Suassuna, Toinho Castro recusa classificações rígidas para sua escrita. “Que outros corram atrás de gêneros. Eu simplesmente escrevo”, afirma. Viabilizada por financiamento coletivo, a publicação marca mais um capítulo da trajetória de um autor que vê o livro como experiência viva. “Livro e escritor têm uma relação simbiótica. Ninguém sai ileso de escrever um livro.”

Sobre o autor

Toinho Castro (Natal, 1966) é fotógrafo, músico e escritor. Radicado no Rio de Janeiro desde 1997, organizou a coletânea Lendário Livro e editou por cinco anos a revista Kuruma’tá. Sua produção é marcada por uma relação intensa com o cotidiano e a memória afetiva.

Para adquirir a obra, entre em contato no Instagram com Toinho Castro ou Mamakoosa.

Vamos compartilhar?