‘O Diabo Veste Prada 2’ inicia filmagens com retorno de estrelas e trama sobre queda de Miranda Priestly

Sequência marca o reencontro de Meryl Streep, Anne Hathaway e Emily Blunt
Filme estreia em 2026 e explora nova dinâmica de poder na indústria da moda
Direção original e roteiro mantêm tom ácido e sofisticado do clássico de 2006


A icônica Miranda Priestly está de volta — mas em um momento bem diferente da glória que marcou sua trajetória. A 20th Century Studios confirmou oficialmente o início das filmagens de O Diabo Veste Prada 2, sequência do sucesso de 2006 que se tornou um marco da cultura pop. O anúncio veio acompanhado de um teaser emocionante divulgado nesta segunda-feira (30), e a estreia nos cinemas está marcada para o dia 1º de maio de 2026.

A nova trama traz um cenário transformado: Miranda, interpretada novamente por Meryl Streep, enfrenta o declínio de sua carreira diante de uma indústria em plena revolução digital. Ao mesmo tempo, Emily, vivida por Emily Blunt, assume um novo papel como executiva influente em um poderoso conglomerado de moda de luxo. A história se desenha em torno do embate entre as duas mulheres — agora em lados opostos do jogo de poder no universo fashion.

Anne Hathaway também retorna como Andy Sachs, embora os detalhes sobre o lugar de sua personagem na narrativa ainda estejam sob sigilo. A presença de Stanley Tucci, que interpretou o editor de moda Nigel, ainda não foi oficialmente confirmada.

O embate entre tradição e reinvenção
Se no primeiro filme Miranda reinava soberana como editora-chefe da fictícia Runway, nesta continuação o foco é sua luta para manter a relevância em um mercado que já não responde mais aos mesmos códigos. Emily, que já foi assistente da poderosa editora, agora é a peça-chave de um novo modelo de negócios — uma executiva que domina as redes, os números e as linguagens contemporâneas da moda.

O longa pretende dialogar com o atual momento da indústria, marcado pela queda de circulação das revistas impressas, o avanço do e-commerce e o poder das influenciadoras digitais. Embora a sinopse oficial ainda esteja em desenvolvimento, a ideia central gira em torno da inversão de papéis e do confronto entre passado e futuro da moda.

A inspiração para o novo roteiro teria ganhado força após a recente saída de Anna Wintour da direção da Vogue, um dos nomes mais influentes do jornalismo de moda nas últimas décadas. A mudança simbólica pode ter funcionado como gatilho criativo para a equipe retomar o universo de O Diabo Veste Prada com um olhar atualizado.

Equipe criativa mantém DNA do original
Um dos grandes trunfos do projeto é o retorno da equipe criativa original. David Frankel reassume a direção e Aline Brosh McKenna volta como roteirista. A dupla foi responsável por traduzir com elegância e ironia o best-seller de Lauren Weisberger, autora que também deve participar da produção executiva desta nova fase.

Outro reforço é a entrada de Kenneth Branagh no elenco. Ele interpretará o marido de Miranda, personagem inédito que pode revelar uma faceta mais íntima e complexa da temida editora. Com sua experiência no drama e na direção, Branagh promete adicionar novas camadas à trama.

Teaser traz nostalgia e novas promessas
O teaser revelado pela 20th Century Studios usa trilha sonora instrumental de “Vogue”, de Madonna, em uma montagem que revisita cenas do filme original e apresenta rápidas imagens dos bastidores da nova produção. Em poucos segundos, é possível ver Miranda observando vitrines vazias, Emily em uma sala de reuniões moderna e uma revista sendo fechada em uma tela de computador — metáforas claras da transição que a moda e o jornalismo vivem atualmente.

A recepção do teaser foi calorosa nas redes sociais. Fãs do filme original celebraram o retorno das protagonistas e a abordagem mais madura e contemporânea prometida pela sequência. As expectativas são elevadas, não apenas por se tratar de uma continuação de um clássico, mas por seu potencial de explorar novas temáticas em um cenário social, tecnológico e profissional radicalmente diferente.

Um clássico que marcou gerações
Lançado em 2006, O Diabo Veste Prada conquistou públicos de diferentes idades com sua crítica afiada ao mundo da moda e sua abordagem das relações de trabalho e ambição profissional. O longa arrecadou mais de US$ 326 milhões nas bilheteiras mundiais, um feito expressivo considerando o orçamento de US$ 35 milhões.

A atuação de Meryl Streep rendeu à atriz uma indicação ao Oscar e consolidou Miranda Priestly como um dos personagens mais icônicos do cinema moderno. Emily Blunt e Anne Hathaway também tiveram destaque e cresceram em suas carreiras a partir do sucesso do filme.

Desde então, o longa se tornou presença constante em listas de melhores filmes do século, memes nas redes sociais e debates sobre feminismo, liderança e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Continuação busca equilíbrio entre legado e renovação
Segundo informações dos bastidores, a sequência pretende manter o tom sarcástico, elegante e emocional do original, mas com atualizações necessárias ao tempo presente. A escolha por mostrar Miranda em declínio e Emily em ascensão simboliza o fim de uma era e o início de outra — temas cada vez mais discutidos em um mundo em constante transformação.

A presença de um elenco consagrado, aliada à relevância dos temas propostos, torna O Diabo Veste Prada 2 um dos lançamentos mais aguardados da década. A expectativa é que o filme repita o sucesso de seu antecessor, mas também provoque reflexões sobre o futuro das grandes marcas, a importância das mídias digitais e a capacidade de reinvenção diante do colapso de velhas estruturas.

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